Com as taxas de juro do crédito habitação actuais (na ordem dos 3-4%), muitas vezes não compensa amortizar esta dívida uma vez que apresenta uma taxa de juro baixa e é possível facilmente obter rendimentos a taxas superiores (actualmente os certificados de tesouro apresentam rentabilidades na ordem dos 5-6%, tratando-se de uma aplicação bastante segura).
Já quando se fala em cartões de crédito (taxas na ordem dos 20-30%) e créditos pessoais recorrendo a empresas (taxas pouco mais baixas que os cartões de crédito) compensa de longe amortizar esta dívidas com as suas poupança e sim depois disso pensar em investir.
Lembre-se que para investir existe uma palavra-chave – poupança – sem poupança torna-se impossível investir (idealmente deverá tentar poupar pelo menos 10% do seu salário/rendimentos).
Outra ideia chave que deve ter sempre presente quando pensa em investir trata-se de – “nunca colocar todos os ovos no mesmo cesto”, tal como diz a sabedoria popular. O investimento tem quase sempre um risco associado (excepção para alguns casos como o caso dos depósitos a prazo, sendo que estes também não são os que apresentam melhor rentabilidade). Portanto, uma das chaves para o seu sucesso e quem sabe obter a sua independência financeira (ter rendimentos que o permitam viver sem ter de trabalhar até ao final da sua vida) está na diversificação das suas aplicações financeiras.
Tenha presente que quanto mais cedo começar a poupar, mais cedo e mais fácil será atingir o seu objectivo!
Quando pensamos em investir devemos ter em atenção a conjuntura actual (económica, política, social… etc.). Aqui em Portugal quem investiu em imobiliário conseguia taxas de retorno em poucos anos na ordem dos 100%, isso no presente acabou – salvo pequenas excepções.
As diversas opções de investimento estão sujeitas a regimes fiscais distintos, muitas vezes é possível procurar produtos que muito embora apresentem grandes possibilidades de retorno são extremamente penalizadas pelo imposto que temos de pagar ao estado. Vou dar um exemplo: Você compra uma casa por 100 e pensa em vendê-la por 150 em 4anos, mas no entretanto teve de pagar 50 de IMT( Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis) e de IMI (Imposto Municipal Sobre Imóveis), então não ganhou nada. Com isto não estou a dizer que o imobiliário não é uma boa opção, mas apenas que é necessário ter em atenção a carga fiscal que vai ser aplicada aos nossos investimentos. (E atenção também este item está em constante alteração!)
Segurança ou risco no investimento
Normalmente os investimentos que fazemos enquadram-se numa destas duas dualidades. O caricato é que normalmente as aplicações que apresentam maior risco também são aquelas que apresentam maior rentabilidade, mas por outro lado também nos levam a perder as nossas poupanças! Portanto o que lhe recomendo é que tenha a maior parte do seu capital em aplicações seguras, pelo menos 80% e o restante em aplicações de maior risco. Mas isto trata-se de uma questão bastante pessoal, eu enquadro-me num perfil bastante conservador…
Opções de Investimento
Existem muitas opções, apresento seguidamente algumas opções…
depósitos a prazo
É uma aplicação 100% segura, a sua rentabilidade é normalmente um pouco limitada face a outras opções, mas é uma excelente hipótese para começar.
Atenção: opte sempre pelos juros compostos – sabe sempre bem ver os juros a “cair” na sua conta à ordem no entanto é um engano não optar por juros compostos (ou seja, estes mantêm-se na aplicação estando constantemente a capitalizar juros sobre juros).
Aplicando as respectivas fórmulas (que podem ser observadas no wikipédia) facilmente se chega à seguinte tabela (considerando uma taxa de juro anual constante de 5%):
Capital investido - € | Juro simples (5anos) | Juro composto (5anos) | Juro simples (20anos) | Juro composto (20anos) |
50.000 | 62.500 | 63.814 | 100.000 | 132.664 |
100.000 | 125.000 | 127.628 | 200.000 | 265.329 |
Verifica-se que para períodos de tempo maiores compensa e muito a opção por juros compostos. Ao final de 20 anos tem-se uma diferença de 137701 (265329-127628). Já viu a aquilo que perderia???
acções ou fundos de investimento
Dizem os dados existentes que estes produtos ao longo das últimas décadas foram os que apresentaram maiores taxas de rentabilidade. Agora é preciso ter em atenção que por se tratar de participações em empresas, estas estão muito sujeitas às condições do mercado e como tal existem períodos que apresentam grandes quedas (nestas aplicações não há garantia do capital investido). Com o início da crise nacional e internacional verificou-se uma enorme perda destes produtos.
Uma vez que no presente estes produtos já baixaram tanto e pensa-se que as condições económicas do país e internacionais comecem a melhorar, talvez seja uma boa opção de investimento (talvez sim, porque nada é certo!).
Quem pretende optar por este tipo de investimento é conveniente pensar em investimentos de prazo alargado (superior a 5anos) para assim diminuir o risco da diminuição temporária das acções/fundos de investimento.
Estes dois produtos distinguem-se pelo facto de as acções dizerem respeito a uma única empresa enquanto que os fundos de investimento reúnem acções de várias empresas, diminuindo assim a possibilidade de se ter perdas muito grandes, ao apostar tudo numa só empresa e/ou sector…
Certificados de aforro
Este produto apresenta garantia do estado e pode ser subscrito nos CTT. Apresenta uma remuneração indexada à euribor, que presentemente se encontra bastante baixa. Assim pensa-se que não será das melhores opções no presente.
Certificados do tesouro
Este produto é um instrumento de dívida do estado, que apresenta como objectivo cativar a poupança das famílias.
Apresenta rentabilidade muito convidativa a partir de subscrições de 5anos (na ordem dos 5% presentemente) e apresenta garantia de capital do estado.
A emissão e o resgate deste produto é efectuado nos CTT e, o mínimo de subscrição são 1000 unidades (1000€).
Uma vez que o estado se apresenta com grandes necessidades de financiamento este produto apresenta uma boa taxa de rentabilidade de momento.
Existe a excepção dos certificados do tesouro poupança mais lançados no final de 2013
Poupança reforma
Este produto já se apresentou bastante vantajoso no passado uma vez que a par das taxas de juro apresentava incentivo por parte dos estado, nomeadamente a nível de deduções no irs. Como esse incentivo terminou, deixou de se tornar atractivo.
Poupança habitação
Também a poupança habitação deixou de se tornar atractiva uma vez que as taxas de juro são bastante baixas, mesmo face a um depósito a prazo.
Apresenta vantagem aquando da compra de habitação pois permite desconto nalgumas despesas administrativas.
Imobiliário
O imobiliário foi no passado um dos pontos fortes do investimento, sendo presentemente um dos pesadelos para muitas pessoas.
Com o excesso de oferta de habitação existente em Portugal, a carga fiscal aplicada, o corte na concessão de crédito por parte dos bancos devido à crise financeira que se faz sentir tornou o investimento em imobiliário não muito atractivo.
No entanto se conciliar o investimento com o facto de utilizar este como habitação ou utilizar o imóvel para arrendamento estão já estará a optimizar os seus benefícios financeiros.
Terrenos agrícolas
Pelo que tenho visto, este item não é falado pelos especialistas e até pode dar vontade de rir, no entanto, decidi acrescentá-lo.
Há 40/50 anos atrás este era um dos bens mais valiosos, uma vez que grande parte das famílias viviam em parte da agricultura de subsistência. Com o passar do tempo estes terrenos perderam grande parte do seu valor…
De momento Portugal importa grande parte dos bens agrícolas que consome, a tendência e uma vez que se está a chegar à conclusão que uma das formas de dar-mos à volta a esta crise é diminuirmos a nossa dependência das importações, então prevejo que os terrenos agrícolas comecem a valorizar nos próximos anos. Enfim, trata-se apenas de uma previsão…!
Empreender
Empreender
Se por acaso tem uma veia empreendedora aliada a uma boa ideia porque não investir no seu próprio projecto. Para quem gostar e tiver força de vontade esta pode ser uma forma de fazer dinheiro. No entanto apresenta também um risco associado.
ATENÇÃO: o acto de investir implica muita reflexão e análise de diversos factores, não se deixe levar pelo que lê numa primeira vez... boa sorte! ;)
ATENÇÃO: o acto de investir implica muita reflexão e análise de diversos factores, não se deixe levar pelo que lê numa primeira vez... boa sorte! ;)
De nada! :)
ResponderEliminar