Um orçamento trata-se de uma planificação dos rendimentos que obtemos e do destino que lhe damos. O nosso sucesso financeiro depende sobretudo da gestão eficaz do nosso orçamento.
A chave para todos os sucessos é gastar menos do que aquilo que se ganha. O acesso a créditos deve ser muito bem ponderado, só mesmo quando justificado e com taxas de juro sustentáveis.

Saiba para onde o seu dinheiro está a ir
No meu caso, diariamente faço um registo de todas as minhas despesas numa folha de excel (também o pode fazer numa folha de papel, embora não seja tão prático).
A vantagem deste registo é chegarmos ao final do mês/ano e sabermos quanto é que estamos a gastar em cada categoria (no meu caso as maiores fatias vão para habitação, automóvel e jantares/saídas).
O registo das minhas despesas permitiu-me conhecer onde estava a ser gasto o meu dinheiro e assim adaptar os meus hábitos de consumo, por exemplo implementei
levar marmita para o trabalho, o que me fez poupar muito dinheiro.
Dizem os especialistas que as despesas com habitação não devem ser muito superior a 35% dos nossos rendimentos, ficando assim com uma fatia razoável para outras despesas. Não caia na asneira de atribuir um esforço financeiro muito elevado a esta categoria, embora por vezes seja inevitável. Penso que é preferível viver num espaço mais pequeno e não ter encargos tão grandes que nos façam viver asfixiados.
Faça o seu mapa mensal de entradas e saídas e verifique onde está a gastar o seu dinheiro. Só assim poderá melhor adaptar os seus gastos e otimizar a sua poupança e investimento.
Saiba para onde quer ir
Depois de fazer o registo das suas despesas e já ter noção de onde está a gastar o seu dinheiro comece a estipular as parcelas que deseja gastar em cada categoria de despesa (habitação, automóvel, cultura, lazer, etc etc)
Uma poupança mínima de 10% dos seus rendimentos penso que deveria ser um objetivo para todas as pessoas, para assim poder salvaguardar situações inesperadas no futuro, poder realizar investimentos, etc.
É sempre possível adaptar as nossas despesas mesmo que isso nos pareça tarefa impossível. Atualmente encontramo-nos numa época difícil, com reduções de salários e crescimento do desemprego, ainda assim devemo-nos empenhar ao máximo na nossa
gestão financeira. Como devem estar as depesas mensais repartidas
Avaliando o padrão de consumo dos portugueses (através do INE) conclui-se que a maior parte do nosso orçamento mensal é destinada a habitação, transportes e alimentação.
Assim torna-se fundamental conhecer os valores máximos que devemos gastar em cada categoria para que não nos estejamos a sobrecarregar.
Este ponto é muito variável e cada um de nós deve adaptar-se da melhor forma, fica em baixo a titulo indicativo uma possível distribuição dos gastos mensais:
Poupança - 10 a 15%
Habitação – 25 a 35%
Alimentação – 10 a 20%
Transportes – 10 a 15%
Salário por hora real
Tenha consciência que o salário líquido real por hora é muito diferente do salário bruto.
Sobre os seus rendimentos tem certamente de pagar uma boa parte estado ao estado, através do imposto à segurança social e do IRS (Imposto de rendimento sobre pessoas singulares).
Não se esqueça que por cada 5€ gastos tem de ganhar uns 7,5€, pois parte do seu rendimento vai para impostos.
Inteligência financeira
Para conseguirmos fazer uma
gestão mais eficaz do nosso dinheiro é essencial sabermo-nos distanciar emocionalmente.
A verdade é que o dinheiro não compra felicidade, embora nos posso trazer alguns momentos extra de prazer.
Pense no dinheiro com racionalidade e só assim conseguirá atingir os seus objetivos financeiros.
Em relação ao crédito
No meu entender apenas o crédito habitação ou o crédito para investir num negócio bem pensados são viáveis. Eventualmente uma viatura, mas atenção pois estes créditos nunca devem representar uma taxa de esforço grande no seu orçamento. Exceptuando-se o crédito habitação que pode atingir valores da ordem dos 30% dos seus rendimentos.
Cartões de crédito, créditos rápidos e até mesmo créditos pessoais para consumo próprio são de todo de evitar uma vez que apresentam taxas de juro muito elevadas.
Os dois segredos
- Gastar menos do que aquilo que se ganha, ou seja fazer poupança.
- Fazer um uso muito ponderado do crédito